As mulheres deveriam vir com manual de instruções
Há um bom par de anos que costumo dizer a seguinte frase: A mulher é um bicho complicado! Quase todos os homens aceitam estas palavras com agrado e algum alivio que dá voz ao pensamento: Ufa... ainda bem que é ela admitir. E agora? confirmo ou interrogo?
Pois é mais que sabido, objecto de inúmeras dissertações, publicações, estados clínicos e sátiras que esse ser magnífico chamado de MULHER é tudo mesmo simplista e com tendência a escrever o argumento, realizar o filme, prever o final, especular em revista, sofrer a dor actual e a futura que desconhece e um certo dia... dar-lhe na telha e ...seguir em frente!
Até chegar a este estado de graça ... bem... o caminho é sinuoso, taciturno e, para algumas apenas, iluminado no final! E quando é que a mulher entra em verdadeiro estado de loucura? Não querendo isto ser a Regra, mas apenas a maioria: quando passa por um processo de separaçao. Sim... um processo, porque até ser «processado», acho que nem Belzebu quer conversa por estes lados, nem... concorrência! Falemos então das fases desta insanidade:
Fase nº 1: O choro complusivo
É o mais óbvio: o choro desalmado que nunca mais acaba, provoca falta de ar e a maior parte das vezes resulta em rosto inchado (ao estilo boxeur), pele manchada e retoques continuos e cronometrados de maquilhagem. Geralmente nesta fase primária do processo o choro vem sem pedir. As memórias não se calam a toda a hora com uma voz irritante e afinadíssima, mas a maior parte das mulheres concordará que o mais martirizante é: a MÚSICA! Liga o rádio e qualquer letra, verso ou refrão tem uma conotação saída não se sabe bem de onde. Para quem conduz bastante a melhor solução será House Music sem voz ou qualquer estação de rádio ligada nas nóticias. Publicidade radiofónica pode também ser uma boa terapia e para aquelas que trabalham em locais públicos com música de fundo, não esqueçam a têcnica do «tenho mesmo de ir à casa de banho». Eu recomendo a frontalidade: « Mudem o raio da música, antes que eu corte os pulsos à colher!»
Fase nº 2 : A idade dos «Porquês»
Também conhecida como fase da interrogação, da victimização ou da busca incessante de um boa causa para justificar porque se é deixada ou trocada. É de salientar que este estado varia muuuuuuuuito de mulher para mulher, dependendo das circunstâncias em que se deu a ruptura ou do do grau de imbecilidade do ser masculino em questão.
O choro convulsico é agora esporádico (ao final de um par de semanas) e a cabeça só se foca em: Porquê? Quando é que ele se afastou? Porque é que me traiu? Porque partiu? Porque é que aparentemente estava tudo bem? Porque é que ainda gosto dele? Porque é que não consigo deixar de o odiar? Porque é que não o odeio nada?
Os «porquês» decidem todas as fases que se seguem, pois determinam uma postura: ou de aceitação, de maior auto estima, de conforto ou de ódio, culpabilização e necessidade de vingança torturadora ao estilo de qualquer filme de terror que se preze.
A primeira opção traz uma enorme leveza (sobretudo para quem deixa de comer e perde uns belos 7 a 10 kilos) e uma mudança vibracional enorme, às vezes até de mais, porque atrai os chamados abutres advinhatórios de estado solteiro! A segunda opção é bem provável que resulte numa sociopata, refugiada em redes socias em mensagens intencionais de enforcamento.
3ª Fase : The Closure
Também denominada de: encerramento, explicação, iluminação ou «Que raio...já basta!». É aqui neste momento que se faz um pouco de luz e se percebe como se chegou ao final de uma estrada que escolhemos caminhar e que tudo depende dos nossos actos. O que escolhemos ser e deixar para trás, porque simplesmente já não importa. É um teste à capacidade de uma mulher quando se vê confrontada com um contacto físico, telefónico, cibernautico ou outro, com «o tal». O nirvana desta fase é quando se consegue sentir a liberdade de deixar ir e querer partir. Um dia acordamos, levantamos da cama e dizemos «Acabou, vou começar a viver a minha vida, os meus sentimentos, a minha sensualidade». E simplesmente ... acabou e já não dói. Ter em atenção que para algumas estirpes de Closure, isto pode levar mesmo muito tempo, ou ser mais rápido do que se esperava. Cada caso vale por si, sem manual de instruções.
3ª Fase : The Closure
Também denominada de: encerramento, explicação, iluminação ou «Que raio...já basta!». É aqui neste momento que se faz um pouco de luz e se percebe como se chegou ao final de uma estrada que escolhemos caminhar e que tudo depende dos nossos actos. O que escolhemos ser e deixar para trás, porque simplesmente já não importa. É um teste à capacidade de uma mulher quando se vê confrontada com um contacto físico, telefónico, cibernautico ou outro, com «o tal». O nirvana desta fase é quando se consegue sentir a liberdade de deixar ir e querer partir. Um dia acordamos, levantamos da cama e dizemos «Acabou, vou começar a viver a minha vida, os meus sentimentos, a minha sensualidade». E simplesmente ... acabou e já não dói. Ter em atenção que para algumas estirpes de Closure, isto pode levar mesmo muito tempo, ou ser mais rápido do que se esperava. Cada caso vale por si, sem manual de instruções.
4ª Fase : A Renascer das cinzas
A loucura, a azafama o retomar da vida social começa aqui! Por alguma razão o telemóvel toca mais vezes e recebe-se mais sms, que não não apenas publicidade das redes operadoras. Aos poucos já começamos a existir como seres individuais e já não carregamos o rótulo de «namorada do...».
- Olá! tu és a namorada do xxx, não és?
- Não. Eu sou a Y apenas!
Por algum motivo isto deixa de ser desconfortavél e já não se foge a sete pés da terrivel pergunta: «Que aconteceu? Já nao namoras?» . Haverá uma parte da sociedade que tentará incutir na mente feminina agora imancipada que o que é preciso é tempo, estar sozinha, não procurar nada, sair muitas vezes, não fechar o coração, esperar uns bons meses e blá blá blá.
Depois é o Grupo dos Iluminados (aproveitem este) que se limita a sugerir viver dentro dos paramêtros por nós estabalecidos, sem tempos, sem preocupação excessiva pelo o que o vizinho do lado pensa ou julga, e te relembra que a Tua vida é apenas Tua e é contigo que tens de viver o resto dos teus dias.
Agora ... esqueçam as etapas rotuladas, comprem uma boa lingerie e façam questão de olhar o espelho e gostarem de cada pedaçinho que reflecte, porque certamente esses pedaços todos ainda vão fazer alguém pecar! :) Façam-me um favor... sejam felizes!
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