Resnascer de corpo despido, rosto lavado no sal das lágrimas, braços soltos, vazios... Caminhar no trilho de nova luz, novo tempo de horas vãs. Corre-me nas veias, frenético, esse grito imenso de saudade, uma paixao que queima, a espera da tua vinda tardia. Vem esperar-me à tardinha , traz-me um abraço quente de Verão, ainda pulsante, invasivo, puro na descoberta de mim... Vem sufocar esta madura ansiedade, desejo, amor e vontade, de repousar naufragada na tua nudez, esboçada na minha: abstracto. Confesso-te um beijo de embalar, misturo a minha pele na tua, suspiro... Amo no silencio das palavras mudas, na poesia nao proferida: ter-te em mim!