Volta à vida em 180º graus

«Não saberia não te ter» .. foi a frase que me revelou a tua identidade . É estranho qu me leias, agora que perdi o engenho.. (P.A - Pescador André, foi assim que te identifiquei)

Deixas-me esta vaga saudade, a melodia que ecoa sem voz, a cama vazia do teu corpo, o perfume solto agora emoldurado. Resta-me o gosto do beijo, as palavras gravadas a toque de paixão, este lado do peito que agoniza por ti. Regresso nas horas passadas, viajo nos beijos perdidos, nos abraços quentes entrelaçados. Neste feitiço em que flutuo, sufoco as lágrimas, aperto o coração, que tanto quer esqueçer, e só de querer, ama a lembrança.

Este meu post é inteiramente feliz mas saudoso. É para ti Mimi que pratiste deste mundoe e agora estas certamente muito mais feliz junto da tua alma gémea. Prometeste-nos que serias o nosso anjo da guarda e convictamente acredito nisso. A mimi era minha bisavó a quem eu sempre tratei de «avó», a minha segunda avó e que de quem ontem fiquei a saber muitas histórias das quais me orgulho. Foi o primeiro funeral que presenciei com um pouco de felicidade pela partida. A minha Mini não morreu fisicamente, nem da doença que lhe foi diagnosticada, morrei sim de amor, de saudade, para todo este mundo no dia em que também o meu bisavó partiu... Perante isto como pode o verdadeiro amor não existir! Fez-me acreditar! Olha por mim Mimi :)

Recentemente tenho divagado bastante sobre o termo «alma gémea». Sempre achei que seria um mito, uma visão extremamente romântica de algo cinematográfico.Com os anos, a experiência pessoal de vida e as histórias alheias de amigos, comecei a acreditar que talvez a tal «alma gémea» nem sempre é alguém do sexo oposto, nem sempre tem de ser encarada com uma visão de paixão. Esse tal «alguém» que consideramos a nossa Outra Parte semelhante a nós, pode ser um verdadeiro amigo (a), mas claro… o nosso objecto de verdadeiro amor. E aqui a vida é curiosa se pensarmos que o ser humano não é estático e que tudo se transforma. O caso mais flagrante de encontro da alma gémea que conheço, e que me guia, é o de uma grande amiga que sempre foi aventureira, sedutora, de inúmeras conquistas e uma vida construída, um casamento falhado e um filho em mãos e que perto dos eus 30 anos descobre a maior história de amor jamais por ela vivida. Almas gémeas? Sim!!! Mas entre pessoas do mesmo sexo, duas mulheres e