Eu tenho uma pergunta!

Qual é o som do silêncio???
Alguém? Anyone? Qualquer tipo de resposta! Perguntaram-me isto muito recentemente. Aliás... pediram-me para «um dia» obter uma resposta. E portanto a minha é: NÃO SEI! Queria tanto dar uma daquelas respostas muito elaboradas e tocantes, assim em jeito de livro de auto-ajuda, mas na verdade limito-me a responder nesta condição de pessoa normalíssima: NÃO SEI!
Espera aí? Eu escrevi «pessoa normalissíma»? Isto leva a questionar a definição de padrão normal! Ainda ontem o proferi (com esta boca que a terrinha há-de comer um dia): eu gosto desta minha anormalidade. Eu sou única! Genéticamente sou incopiável ( clone meu não tem!) e o meu código emocional é também tipicamente atípico :) ... Já nem eu me imagino sem ser de outra forma. Que graça tem se não for aquela que chora por tudo e por nada, a que suspira mil vezes por dia e nasceu ligada à corrente? Eu movo montanhas... e a próxima, ainda que seja maior do que esta que agora escalo, não vai ser de todo impossível!
Estou a fazer algo raro: a escutar-me! A ouvir o compasso das minhas histórias para ver no rosto de outros a expressão que diz: Mulher tu já viste bem pelo que tens passado? A tua vida dava umas valentes crónicas! Gente... Mundo... give me a break! Abençoados os que permitem tropeçar e logo me puxam as orelhas até vir de novo para cima!
Ora bem... Hoje é dia 1 de Julho de 2011 (Dia Mundial da Criança....pormenores) e finalmente concebo que girei 170 graus de vida! Perdi um emprego no estrangeiro, em comunicado em 5 minutos e em pleno aeroporto de Dublin em que fiquei durante 9 horas com apenas 10 libras no bolso e crédito no telefone para apenas duas chamadas: uma para comunicar à minha mãe e outra para comunicar ao meu «Rider» como sempre lhe chamei. Acho que nunca o contei, mas lembro como se fosse hoje ir ao caixote do lixo e deitar fora os sapatos da farda que passei a destestar! Nunca pensamos que um dia regressamos a casa ( também num outro país) sem NADA, sem dinheiro sequer para comprar um bilhete de comboio e partir. Desespero sim! Foi desespero e de um dia para outro tinha também os amigos a preparem-me uma bagageira de uma carrinha com toda a minha vida em malas, rumo a sul de Inglaterra já com pouco mais que o meu próprio Coração! Tudo isso gratuitamente! As vezes o tempo encarrega-se de nos levar ao fundo e acabei eu por regressar ao país que não queria (nao para já) com 100 libras no bolso, 3 malas enormes, coração pesado, sem asas, sem emprego, sem o meu apartamento devolvido ao senhorio! O que tenho agora... tecto, um colchão disponivel numa sala para dormir e uma mala troley vermelha que me serve de «gaveta» de recordações e objectivos! Tenho-me a mim! E EU SOU UM INFINITO DE POSSIBILIDADES!
Qual é o som do silencio? Fácil... o silêncio tem a cadência dos minutos felizes de uma conquista, a emoção de um sorriso e tem o gosto de aventura! O silêncio está suspenso na respiração, no bater do coração, na força de um sentimento!
Partlhar o silêncio, o«um nada dito num olhar ... e ainda assim estar confortável ... isso é amar-se sempre um pouco mais. Aposto que já todos percebemos quando estamos apaixonados por alguém que mexe tudo cá dentro, que o silêncio... esse nunca é desconfortável!
:)
Comentários
O silêncio aprende-se a apreciar, quando apaixonados, ou perdidos numa imensidão de incertzas, e numa falta de cantinho para estarmos.Trata-se do nosso cantinho spiritual, onde conversamos com o noutro m busca de respostas.aprecia o teu canto, e terás sempre o meu se precisares.
Um beijo enorme que te abraçe
'Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.'
-O SilêncioQuando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.'
-Eugénio de Andrade
beijo*
(do ilustre desconhecido)
Obg aos miminhos de todos. Nesta altura são uma força e um mantra que me afasta da solidão. :)
P.s- Como se descobre um ilustre desconhecido?
como é que se descobre um ilustre desconhecido??
bem...
como é que se descobre uma borboleta??
beijos*
(do ilustre desconhecido)
fiquei bastante curioso agora...
então achas que me conheces hein?
será que conheces?
honestamente acho que estás a dizer isso por dizer =)
quem sabe um dia...
beijo*
(do ilustre desconhecido)
Bisoux*
no entanto talvez haja engano pois pareceu-me que a referência era por demais obvia: "papillon" significa borboleta certo? ...e a tua imagem é uma borboleta =)
mas sim, acho o teu blog uma companhia interessante e faço votos para que essa má fase passe =)
passará certamente pois até a uva passa ;) lol
beijo*
(do ilustre desconhecido)